quinta-feira, 19 de abril de 2018

Ex-presidentes do Sport se reúnem e querem fazer proposta de controle financeiro do clube

Segundo Homero Lacerda, grupo pretende fiscalizar contas do Leão para ajustar despesas e tentar inibir pedido de impeachment do atual presidente


Roberto Ramos/DP

Os bastidores do Sport estão em ebulição. Após as seguidas notícias com relação a dívidas, antigos presidentes do clube se reuniram para um almoço nesta quinta-feira. Do encontro, decidiram estabelecer uma proposta que chamam de conciliadora junto ao presidente Arnaldo Barros. O grupo pretende ter acesso às contas do Rubro-negro até o fim deste ano para poder fiscalizar e evitar um colapso financeiro.


Estiveram presentes na reunião, entre outros, Wanderson Lacerda, Luciano Bivar, Severino Otávio, Fernando Pessoa, Arsênio Meira e Homero Lacerda, que é o atual presidente do Conselho Deliberativo do clube. Os rubro-negros, que negam estar em ato político e fazendo oposição, agora vão detalhar as ideias para formalizar o pedido a Arnaldo Barros. A intenção é que proposta seja aceita para evitar um movimento dos sócios que querem convocar uma assembleia geral com a intenção de avaliar o impeachment do presidente executivo. 

“Nós tivemos um almoço com os membros natos do Conselho, que são os ex-presidentes, e tomamos uma posição. Está havendo um movimento muito forte para haver uma assembleia geral para analisar o impedimento do presidente. Isso é uma coisa muito traumática para o clube. Então, a gente se reuniu e vai propor ao presidente do executivo, Arnaldo Barros, uma proposta de conciliação no sentido de acompanhar as despesas e receitas do clube, a parte financeira. Uma proposta para se fazer gastar com o que der”, disse Homero Lacerda. 

Ele fez questão de mostrar preocupação com a parte financeira do Leão. Lacerda confirmou que o balanço financeiro de 2017, pauta de uma reunião do Conselho Deliberativo, na próxima terça-feira, consta um déficit de R$ 18.313.641,14 em relação ao ano anterior. 

“A parte financeira é mais importante que o futebol. Se a parte financeira do clube for mal, vai prejudicar o futebol durante dez anos. Estão aí o Santa Cruz e o Náutico. Então, estamos alinhavando essa proposta de controle financeiro. Se ele aceitar, vamos trabalhar para controlar isso e ver se inibe um pedido de assembleia geral, que acho não ser bom para o clube. Se não houver esse controle, fatalmente, vai haver uma assembleia”, declarou.

De acordo com o estatuto do Sport, segundo Lacerda, há duas maneiras de se convocar uma assembleia geral. Uma é por parte dos membros do Conselho. Outra é com a reunião das assinaturas de, pelo menos, 500 sócios. 

A reportagem do Superesportes entrou em contato com a assessoria de imprensa do clube, que informou em nota “que o presidente Arnaldo Barros não poderia comentar sobre uma iniciativa que ele desconhece ou sobre o tema tratado em uma reunião que, se existiu, não participou.”

superesportes

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