Pizzi foi eleito o melhor em campo na Supertaça, pelos jornalistas presentes em Aveiro. No final falou na zona mista e tentou explicar os 12 troféus conquistados pelo Benfica nos últimos quatro anos:
«A ambição é sempre vencer. Conseguimos essa hegemonia nos últimos anos e isso deve-se a uma estrutura muito forte e a um balneário ainda mais forte».
«Maus resultados na pré-época? Há cargas muito elevadas de treino, houve muitos atletas novos e é isso que explica a pré-temporada. Queríamos que fosse melhor, claro.»
«Se somos os grandes candidatos ao título? O Benfica é um dos três candidatos. O campeonato vai ser duro, mas vamos lutar do primeiro ao último minuto.»
Supertaça: Benfica-V. Guimarães, 3-1 (crónica)
Saber dar uma boa notícia é uma virtude. Escolher bem as palavras, o momento certo, sem gaguejar. O Benfica teve em Aveiro esse privilégio, mais uma vez, mas faltou-lhe a firmeza do discurso de outros tempos. Ficou o essencial, a mensagem: o troféu da Supertaça acabou na Luz.
A águia reencontrou milhares de almas fiéis e quis contar-lhes tudo a correr. Desalmadamente. Marcou dois golos muito cedo, podia ter fechado a questão antes da meia-hora com o terceiro, e depois entusiasmou-se no verbo: ganhar, sim senhor, mas saber como gerir também.
Ora, nesse dealbar do duelo contra o Vitória, facilmente se percebeu que a crítica – dura, impiedosa – sobre a pré-época dos rapazes de Rui Vitória era manifestamente exagerada. Ok, o Benfica tem problemas na baliza, muitos na primeira fase de construção, mas mantém predicados de excelência na ligação meio-campo / ataque. E aí fez a diferença.
FILME DA PARTIDA E FICHA DO JOGO
Com o Vitória em «panic mode», completamente desfasado das necessidades competitivas desta final, o Benfica rompeu pelo bloco central e chegou a instantes exclamativos. Jonas certeiro no primeiro golo, a beneficiar de uma sapatada aflita de Miguel Silva; Seferovic (belo reforço, atenção) mortífero no segundo, perante o corredor de todos os medos vitorianos.
11 minutos jogados, dois golos de vantagem para o Benfica, um Vitória sem saber onde estava, o que queria, de onde vinha e para onde ia. Sim, essa era a boa notícia que as águias queriam dar, sem mais delongas. O pior estava, porém, para vir, embora o final acabasse por ser feliz para os homens da Luz.
Dizíamos, linhas acima, que à meia-hora o Benfica podia ter as malas prontas e o champanhe aberto. Precisamente. Os dois centrais do Vitória (Josué e o estreante Valente) e os dois médios centro (Zungu e Celis) não percebiam o enleio de Jonas/Pizzi, a dupla maravilha. Caíram sempre no erro de entrar de primeira, para rapidamente ficarem fora do lance.
Repetimos: foram dois golos, podiam ter sido mais.
É certo que já no fim da história, quando a dúvida tingia o jogo de emoção, Raúl Jiménez entrou para aplicar a estocada final, mas entre esse momento decisivo – aos 83 minutos – e o primeiro terço do jogo, o Vitória foi um oponente sério, muitas vezes dominador e que andou uma mão cheia de vezes perto do empate.
Raphinha, perto do intervalo, aproveitou uma série de equívocos na defesa do Benfica, com André Almeida e o guarda-redes Bruno Varela a não ficarem bem no lance, e reduziu distâncias.
O Vitória subiu os índices de confiança, pressionou muito mais à frente, passou a ter a capacidade de ter bola e a aproveitar os flancos. Aí, principalmente nos primeiros 20 minutos da segunda parte, o Benfica ameaçou cair, de tanto tremer.
É nessa fase, precisamente, que Rui Vitória decide introduzir Filipe Augusto, passar Pizzi para a direita e sacrificar Salvio. Uma solução ganhadora, pois a equipa estabilizou e Bruno Varela voltou a ter uma noite mais serena, longe dos assaltos de aflição que teve entre os 40 e os 65 minutos.
Por esta altura, Paolo Hurtado ainda deve estar a pensar como foi capaz de falhar o 2-2 aos 59 minutos, quando rematou contra o próprio pé na cara de Varela. É futebol, faz parte dos mandamentos do jogo: quem facilita…
Sem deslumbrar, e a demonstrar evidentes limitações no quarteto defensivo – baliza incluída -, o Benfica lá saiu incólume de Aveiro e a atenuar os péssimos sinais da Emirates Cup.
Acabou a dar uma boa notícia aos adeptos, mas a forma como o fez foi, aqui e ali, atabalhoada e insegura. Não deixa, ainda assim, de ser uma boa notícia para o império da Luz: este Benfica continua a ser capaz de ganhar e levou a 12ª taça das últimas 16 possíveis.
A águia reencontrou milhares de almas fiéis e quis contar-lhes tudo a correr. Desalmadamente. Marcou dois golos muito cedo, podia ter fechado a questão antes da meia-hora com o terceiro, e depois entusiasmou-se no verbo: ganhar, sim senhor, mas saber como gerir também.
Ora, nesse dealbar do duelo contra o Vitória, facilmente se percebeu que a crítica – dura, impiedosa – sobre a pré-época dos rapazes de Rui Vitória era manifestamente exagerada. Ok, o Benfica tem problemas na baliza, muitos na primeira fase de construção, mas mantém predicados de excelência na ligação meio-campo / ataque. E aí fez a diferença.
FILME DA PARTIDA E FICHA DO JOGO
Com o Vitória em «panic mode», completamente desfasado das necessidades competitivas desta final, o Benfica rompeu pelo bloco central e chegou a instantes exclamativos. Jonas certeiro no primeiro golo, a beneficiar de uma sapatada aflita de Miguel Silva; Seferovic (belo reforço, atenção) mortífero no segundo, perante o corredor de todos os medos vitorianos.
11 minutos jogados, dois golos de vantagem para o Benfica, um Vitória sem saber onde estava, o que queria, de onde vinha e para onde ia. Sim, essa era a boa notícia que as águias queriam dar, sem mais delongas. O pior estava, porém, para vir, embora o final acabasse por ser feliz para os homens da Luz.
Dizíamos, linhas acima, que à meia-hora o Benfica podia ter as malas prontas e o champanhe aberto. Precisamente. Os dois centrais do Vitória (Josué e o estreante Valente) e os dois médios centro (Zungu e Celis) não percebiam o enleio de Jonas/Pizzi, a dupla maravilha. Caíram sempre no erro de entrar de primeira, para rapidamente ficarem fora do lance.
Repetimos: foram dois golos, podiam ter sido mais.
É certo que já no fim da história, quando a dúvida tingia o jogo de emoção, Raúl Jiménez entrou para aplicar a estocada final, mas entre esse momento decisivo – aos 83 minutos – e o primeiro terço do jogo, o Vitória foi um oponente sério, muitas vezes dominador e que andou uma mão cheia de vezes perto do empate.
Raphinha, perto do intervalo, aproveitou uma série de equívocos na defesa do Benfica, com André Almeida e o guarda-redes Bruno Varela a não ficarem bem no lance, e reduziu distâncias.
O Vitória subiu os índices de confiança, pressionou muito mais à frente, passou a ter a capacidade de ter bola e a aproveitar os flancos. Aí, principalmente nos primeiros 20 minutos da segunda parte, o Benfica ameaçou cair, de tanto tremer.
É nessa fase, precisamente, que Rui Vitória decide introduzir Filipe Augusto, passar Pizzi para a direita e sacrificar Salvio. Uma solução ganhadora, pois a equipa estabilizou e Bruno Varela voltou a ter uma noite mais serena, longe dos assaltos de aflição que teve entre os 40 e os 65 minutos.
Por esta altura, Paolo Hurtado ainda deve estar a pensar como foi capaz de falhar o 2-2 aos 59 minutos, quando rematou contra o próprio pé na cara de Varela. É futebol, faz parte dos mandamentos do jogo: quem facilita…
Sem deslumbrar, e a demonstrar evidentes limitações no quarteto defensivo – baliza incluída -, o Benfica lá saiu incólume de Aveiro e a atenuar os péssimos sinais da Emirates Cup.
Acabou a dar uma boa notícia aos adeptos, mas a forma como o fez foi, aqui e ali, atabalhoada e insegura. Não deixa, ainda assim, de ser uma boa notícia para o império da Luz: este Benfica continua a ser capaz de ganhar e levou a 12ª taça das últimas 16 possíveis.
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