Jogador assinará contrato de dois anos com o Timbu, com previsão de reajuste no segundo ano em caso de acesso do clube à Série Af
Uma negociação longa, com vários personagens, mas com um desfecho positivo. Com o anúncio oficial da contratação do atacante Kieza pelo Náutico, o Superesportes teve acesso a alguns detalhes da transação que durou pouco mais de um mês e que contou, sobretudo, com o desejo do jogador em retornar ao clube onde viveu a melhor fase na carreira. Foram 43 gols em 70 jogos entre 2011 e 2013.
Apesar de ser o atleta mais caro da gestão do presidente alvirrubro Edno Melo, a contratação de Kieza não vai onerar tanto a folha de pagamento do Náutico. Tudo por conta de uma grande engenharia financeira.
No primeiro dos dois anos de contrato, o atacante receberá R$ 100 mil de salários (e não R$ 120 mil como se chegou a cogitar). Sendo que desse montante, o Alvirrubro arcará com apenas R$ 50 mil, tendo ainda o apoio de um patrocinador
Já os outros R$ 50 mil serão custeado por um grupo de apoiadores da atual gestão. Esse mesmo grupo, por exemplo, possibilitou a contratação do atacante Ortigoza, em 2018, pagando praticamente de forma integral os R$ 40 mil que o paraguaio recebia na época.
No contrato de Kieza está previsto ainda um reajuste salarial no segundo ano de contrato, em caso de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
Vale ressaltar que no ano passado, o atacante recebia cerca de R$ 170 mil no Fortaleza, sendo que o clube cearense pagava R$ 140 mil, com o Botafogo, então donos dos direitos econômicos, assumindo mais R$ 30 mil. Com o término de contrato com o clube carioca, o Fortaleza passaria a assumir todo o valor até abril. Além de reduzir o salário, Kieza também abriu mão de parte da rescisão contratual que teria a receber com o clube cearense.
“A negociação já estava fechada com o Fortaleza e com atleta, mas dependia do aval de Rogério Ceni (técnico), que ele não deu. Tanto que ontem tivemos um pouco de estresse no fim dessa relação. Tínhamos fechado o negócio, depois eles voltaram atrás. O Kieza teve que abrir mão de uma parte da sua rescisão e o Náutico teve que entrar com um valor também. Mas o que importa é que ele está de volta”, destacou o presidente Edno Melo, em entrevista na manhã desta quarta-feira na Rádio Jornal.
“A negociação de Kieza foi muito trabalhosa e envolveu muita gente porque a gente não tinha condições de pagar sozinho o salário dele. Estamos contando com ajuda grande da Turquesa (patrocinadora) e do grupo que apoia a gente, que também vai pagar uma parte dos salários. Tudo isso para continuar com a nossa política de austeridade e pagar em dia. Não iríamos fazer loucuras para trazer o Kieza. Ele sabia disso, tanto que reduziu o salário”, confirmou o mandatário timbu, na mesma entrevista.
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