quarta-feira, 1 de abril de 2020

Presidente da FPF revela que CBF trabalha com até três cenários para retorno do futebol

Segundo Evandro Carvalho, possibilidades vão desde o Brasileiro se encerrar no final de dezembro, em janeiro de 2021 ou até mudança de regulamento


Com alguns clubes antecipando as férias dos seus elencos a partir desta quarta-feira, já se sabe que é praticamente nula a chance do futebol brasileiro voltar às atividades neste mês. Além disso, com alguns especialistas apontando que o pico do surto do novo coronavírus no Brasil deve ocorrer entre o final de abril e início de maio, o cenário fica ainda mais incerto. Diante das interrogações, a CBF trabalha inicialmente com três possibilidades para uma possível retomada do calendário de competições. Do mais otimista ao mais pessimista, segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.



O dirigente pernambucano garantiu estar em contato “diariamente” com a CBF sobre o assunto. Segundo Evandro, as alternativas estudadas nesse momento vão desde o Campeonato Brasileiro ser encerrado no final de dezembro, com os jogos sendo disputados em ritmo acelerado (com até três rodadas em uma semana), avançar para 2021, sendo concluído em janeiro, ou mesmo haver uma mudança na fórmula de disputa. Essa, vista pelos cartolas, como a pior opção possível.


“Todo dia nós temos reuniões. São três cenários básicos. Se for reiniciado em um espaço de curto a médio prazo, com jogos realizados terça, quinta e domingo, dá para terminar direto. Se demorar de médio a longo prazo, temos que trabalhar com a hipótese de estender e ir até o próximo ano, entrando para janeiro. Na primeira hipótese, aumenta-se o número de datas e ganha o mês de dezembro, até o final do mês. No segundo cenário, começando muito tarde, mesmo jogando três vezes por semana, não se consegue terminar esse ano e adentra para 2021”, explicou Evandro.



“Há ainda um terceiro cenário, que é o pior para os clubes, para a televisão e para a CBF. Seria começar tão tarde que mesmo entrando em dezembro e janeiro não daria para terminar. Com isso, seria preciso reduzir o número de rodadas. Essa hipótese é a que menos interessa a todos”, completou. “O que a gente está fazendo nesse momento é criar cenários. Tudo depende de quando vamos reiniciar. Se for em maio, ótimo. Se for em agosto paciência. E se for para setembro, aí realmente complica.”

No entanto, mesmo diante de tantas incertezas e um calendário já comprometido, o presidente da Federação Pernambucana voltou a enfatizar que os estaduais serão concluídos “de todo jeito”. Isso porque o dirigente alega que tratam-se de competições classificatórias. 

“Os estaduais precisam terminar. Se um clube não tiver cumprido o estadual, tecnicamente e estatutariamente ele está impedido de jogar qualquer competição nacional. O Sport, por exemplo, não poderia jogar a Série A se não jogar o estadual. Além disso, o estadual garante vagas na Copa do Brasil e na Série D. Não podemos perder essas vagas”, concluiu Evandro. 

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